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Neuropsicóloga fala sobre o Dia Mundial de Conscientização do Autismo

Neuropsicóloga fala sobre o Dia Mundial de Conscientização do Autismo

No dia 2 de abril se celebra o Dia Mundial de Conscientização do Autismo. Nesta data, a neuropsicóloga, Valeska Magierek lembra que o Transtorno do Espectro Autista (TEA) não é considerado uma doença. “É uma forma diferente de processamento de informações e sensações que traz algumas alterações comportamentais e de ajustamento social”, explica a especialista.

O diagnóstico para o TAE tem tido evoluções grandes e, segundo Valeska, o diagnóstico pode ser feito em qualquer faixa etária, inclusive em adultos e idosas. “Porém, quanto mais cedo for o diagnóstico, melhores são as possibilidades de uma assistência adequada. O diagnóstico precoce também favorece a compreensão do que é o TEA”, disse a neuropsicóloga.

Para Valeska, ainda existe uma ideia ultrapassada sobre o autismo. “Hoje em dia entendemos que existem características e sinais diferentes para cada pessoa. Temos também critérios claros que nos ajudam na identificação do autismo, mas nem todos terão as mesmas dificuldades ou habilidades. Algumas vezes, as pessoas acreditam em elementos que são irreais, como a crença de que os autistas são muito inteligentes. Se olharmos a literatura, vemos que apenas uma pequena fração tem altas habilidades”, conta.

O autismo é classificado em leve, moderado e grave e existem os níveis de apoio. “A quantidade de comorbidades – como depressão, hiperatividade, TDAH entre outras – é que vão determinar que nível de apoio que cada pessoa vai precisar. Às vezes a pessoa tem grau leve de autismo, mas tem muitas comorbidades, então vai precisar de um nível de apoio maior”, explica Valeska.

Romilda Araújo, moradora do Santa Tereza, tem três filhos e um marido autistas. “O primeiro desafio é tentar conciliar a rotina de trabalho com a rotina deles. Mais um ponto é que, como é um espectro, cada um tem suas especificidades e temos que nos adaptar a elas. E existe a luta diária, porque a inclusão é uma utopia. Precisamos de conscientização e de muito trabalho ainda, mas meu maior aprendizado é ser paciente”, relatou.

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