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Neurologista fala sobre o diagnóstico e a prevenção da Doença de Parkinson

Neurologista fala sobre o diagnóstico e a prevenção da Doença de Parkinson

Na última quinta-feira (11), foi celebrado o Dia Mundial de Conscientização da Doença de Parkinson, uma condição causada pela degeneração das células na região do cérebro chamada substância negra, afetando milhares de pessoas em todo o mundo.

A neurologista Dra. Áurea Jaqueline de Almeida enfatiza a importância do diagnóstico precoce e do tratamento adequado: “Os primeiros sintomas incluem tremores, geralmente unilaterais na fase inicial da doença, além de rigidez nos movimentos, dificuldade e lentidão ao caminhar, ao virar-se na cama e também rigidez articular”, relatou.

Sobre os riscos associados à doença, a neurologista menciona a demência como principal preocupação, já que apresenta similaridades com o Alzheimer e é incurável. “Além disso, há outras condições associadas, como depressão e sintomas não motores, como distúrbios intestinais e do sono, que podem impactar significativamente o prognóstico do paciente”, contou.

A respeito da expectativa de vida dos pacientes com Parkinson, a médica explicou que varia de acordo com a fase da doença. Nas fases avançadas, como o quinto estágio, em que ocorrem sintomas graves e limitações significativas, a sobrevida pode ser de 10 a 20 anos. Nessa fase grave, há uma deterioração substancial da substância negra e dos níveis de dopamina.

A Dra. Áurea também ressaltou a importância de os pacientes assumirem o controle de suas vidas desde o diagnóstico inicial, evitando a negligência ou tentativas de mudança de estilo de vida que não contribuam para a melhora. “Portanto, é crucial que o paciente continue suas atividades normais, complementando com terapia física, ocupacional e, às vezes, tratamento psicológico, além do tratamento medicamentoso adequado”, apontou.

A doença de Parkinson é progressiva e degenerativa, mas existem formas de melhorar a qualidade de vida dos pacientes por meio de tratamentos combinados, incluindo medicamentos e até procedimentos cirúrgicos como o implante de marcapasso (DBS). “Procure um médico de confiança na fase inicial. Não espere. Siga o tratamento e não se automedique. Tenha vontade de praticar atividade física e tenha uma vida saudável”, finalizou a neurologista.

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