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Medo de dirigir afeta dois milhões de brasileiros

Medo de dirigir afeta dois milhões de brasileiros

Você já ouviu falar em amaxofobia? Este é o nome dado ao medo extremo de dirigir. Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), estima-se que cerca de 6% da população brasileira sofra dessa condição, o que corresponde a aproximadamente 2 milhões de pessoas. Para muitas delas, o simples ato de dirigir se transforma em um desafio angustiante e incapacitante, causando sofrimento físico e emocional.

Dirigir é, para muitos, sinônimo de liberdade e autonomia. No entanto, para uma parcela significativa da população, essa atividade se torna um pesadelo. O medo de dirigir pode se manifestar de várias formas, desde a ansiedade leve até sintomas mais graves, como taquicardia, suor excessivo, dores abdominais e tremores. Esses sintomas afetam não apenas o bem-estar mental, mas também o físico dos indivíduos.

A psicóloga especialista em Trânsito, Adalgisa Lopes, que também é presidente da Associação de Clínicas de Trânsito de Minas Gerais (ACTRANS-MG), destaca que o medo de dirigir não está diretamente relacionado ao veículo, mas a uma série de fatores mais amplos. “Experiências traumáticas, como acidentes de trânsito, inseguranças e constrangimentos durante a aprendizagem da direção, são algumas das causas que podem contribuir para o surgimento dessa fobia”, explica a especialista.

Além disso, Adalgisa aponta que a falta de prática contínua e a falta de confiança nas habilidades adquiridas podem transformar o que seria uma ansiedade ocasional em um verdadeiro terror paralisante.

Para aqueles que buscam superar o medo de dirigir, a psicoterapia, em especial a Terapia Cognitivo-Comportamental (TCC), é altamente recomendada. A TCC visa modificar padrões de pensamento e comportamento, permitindo que os indivíduos enfrentem suas ansiedades de forma mais eficaz. “A psicoterapia ajuda não apenas a compreender e enfrentar os medos, mas também a sensibilizar a pessoa para a prática de dirigir, permitindo-lhe retomar o controle de sua vida”, diz Adalgisa Lopes.

Com informações de Portal do Trânsito, Mobilidade & Sustentabilidade.

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