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Infectologista alerta: infecção comum pode evoluir para quadro grave

Infectologista alerta: infecção comum pode evoluir para quadro grave

Uma dor de garganta, uma infecção urinária ou até uma ferida aparentemente simples podem ser o início de um quadro grave e potencialmente fatal: a sepse, também conhecida como septicemia. 

Para esclarecer os riscos e os sinais de alerta, o infectologista Herbert Fernandes conversou com a equipe da Rádio 93 FM e fez um importante alerta sobre a gravidade desse quadro clínico.

Segundo o médico, a sepse acontece quando uma infecção localizada, como uma pneumonia, se espalha pelo organismo, provocando uma reação inflamatória sistêmica. “Ela é, na maioria das vezes, o mecanismo final de morte em muitos pacientes. Pessoas com câncer, doenças autoimunes ou outras condições podem acabar falecendo por causa da sepse. Mas mesmo jovens saudáveis podem ter complicações muito graves se o quadro não for identificado a tempo”, explica.

Recentemente, a morte de um homem após uma infecção na perna chamou a atenção para esse risco. Embora os detalhes do caso específico não sejam públicos, Herbert Fernandes confirma que é possível, sim, que uma infecção mal tratada evolua para sepse, especialmente em pessoas com doenças crônicas como o diabetes. “O diabetes mal controlado, a hipertensão e o uso de medicamentos que afetam a imunidade são fatores que aumentam significativamente o risco”, afirma.

Além das condições pré-existentes, o especialista destaca que a vacinação é uma forma importante de prevenção. “Existem vacinas que protegem contra bactérias que causam pneumonia e meningite, infecções que também podem levar à sepse. Estar com a vacinação em dia ajuda a evitar esse tipo de evolução”, afirma o infectologista.

Por fim, o médico deixa um recado claro à população: diante de qualquer infecção ou ferida que pareça estar piorando, especialmente em pessoas com doenças crônicas, não se deve esperar. “O tratamento precoce pode evitar que o quadro se agrave. Não subestime os sinais do corpo. Procurar atendimento médico o quanto antes pode salvar vidas”, conclui.

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