Barbacena experimentou uma queda nas temperaturas após semanas de calor intenso. A chegada da primavera promete novas oscilações climáticas, com possíveis ondas de calor e chuvas mais frequentes. Em uma conversa com o biólogo e professor Geraldo Majela, foram discutidos os fatores que contribuem para essas instabilidades.
O aumento nas temperaturas médias do planeta tem gerado não apenas um aquecimento, mas também extremos climáticos como secas mais intensas e chuvas mais fortes. “Embora o fenômeno seja conhecido pela ciência há séculos, as consequências são cada vez mais visíveis e preocupantes. A instabilidade climática é uma realidade que deve ser enfrentada por todos nós”, afirma Majela.
O biólogo destaca que as ações humanas têm intensificado essas variações. Queimadas, emissões de gases de efeito estufa e uso de combustível fóssil são algumas das principais causas desse problema. “A realização de queimadas em períodos de seca extrema é um ato irresponsável, que agrava as condições climáticas e aumenta os riscos de catástrofes naturais”, explica.
O médico Herbert Fernandes complementa essa análise ao abordar as implicações das oscilações climáticas na saúde da população. A volatilidade nas temperaturas e a baixa umidade do ar estão diretamente relacionadas ao aumento de doenças respiratórias.
“Com a amplitude térmica, em que as tardes são quentes e as noites frias, há um aumento nas aglomerações, o que favorece a transmissão de doenças. Por isso, devemos ter atenção redobrada durante esse período”, afirma.
O médico recomenda algumas medidas essenciais para proteger a saúde da população, como se manter hidratado, evitar espaços fechados e pouco ventilados e evitar focos de queimadas, que agravam a poluição e os problemas respiratórios.
Majela prevê uma primavera marcada por maior imprevisibilidade, com a possibilidade de temperaturas extremas e eventos climáticos severos. O aumento das chuvas no verão também levanta preocupações sobre as consequências para as cidades.
Com o aumento das preocupações climáticas e de saúde pública, a população deve estar atenta às mudanças e pronta para agir em defesa do meio ambiente e do bem-estar coletivo.