Mais de um bilhão de pessoas sofrem com enxaqueca em todo mundo, de acordo com dados da Organização Mundial da Saúde (OMS). Dessas, 30 milhões estão no Brasil. O médico neurologista, professor da Faculdade de Medicina de Barbacena e membro da Sociedade Brasileira de Cefaleia, Mauro Jurno, falou sobre o assunto.
Ele explica que a enxaqueca é uma doença do sistema nervoso central que causa grande impacto na vida do afetado. “Existem trabalhos científicos mostrando o impacto da dor de cabeça na população, sendo a doença que mais impacta na vida das pessoas. Uma doença que incomoda muito e causa uma perda considerável de qualidade de vida”, afirma.
O neurologista também esclarece algumas das causas da enxaqueca. “Certamente existe uma hereditariedade, uma transmissão familiar da enxaqueca. Ocorre um desarranjo funcional do sistema nervoso central e esse desarranjo funcional se manifesta, principalmente, pelos episódios de dor de cabeça”, explica o doutor.
Ele também falou sobre as fases e sintomas da enxaqueca: “A enxaqueca tem três fases. Você tem uma fase prodrômica, que são sintomas que a pessoa tem antes de aparecer a dor de cabeça. Como bocejo, lacrimejamento, alteração de humor, irritação. A segunda fase é a dor, que dura de 4h até 72h. E depois você tem a fase de remissão da dor ou fase pós-drômica, que você tem também uma alteração de comportamento”, esclarece.
Após explicar que a enxaqueca é um complexo de sintomas, o médico ressaltou a importância do diagnóstico correto do tipo de dor de cabeça. “Você tem que conhecer sua dor de cabeça. A enxaqueca, por exemplo, é uma doença que não tem cura e vai se prolongar por longos períodos da sua vida”, conta.