Duas reuniões ocorreram em Brasília (DF) nesta terça-feira (12), e tinham em suas pautas a questão do pedágio no distrito de Correia de Almeida, em Barbacena. O tema foi debatido na Comissão de Fiscalização Financeira e Controle e na Comissão de Viação e Transportes, esta última com a presença do prefeito de Barbacena, Carlos Du.
Em sua fala, dentro da comissão que debateu a renegociação das concessões rodoviárias, o prefeito de Barbacena apontou que a EPR projeta investimentos na região que compreende a cidade a partir do 3º ano a partir da renovação do contrato, contudo a população já espera estas melhorias há quase 10 anos.
Du também falou sobre a questão do pedágio de Correia de Almeida, ressaltando que quase 12 mil pessoas viram o pedágio duplicar, o que gerou um problema econômico e social. “Queria chamar, imaginem essa região de Correia de Almeida, desse distrito, a população de quase 12 mil pessoas ser acordada com a notícia de que o pedágio vai sair de R$ 6,30 para R$ 12,70. Sem investimentos, sem perspectiva de melhoria, não há o que justificar para a população dessa região.[…] Nós temos uma comunidade dentro desse distrito que fica a 200 metros da praça de pedágio, quase 4 mil pessoas, moram nessa região e têm que pagar esse pedágio no valor absurdo, nesse valor tão alto que é injustificável.”.
O prefeito observou que devido a estes aspectos de encargos, muito do que se é produzido na zona rural de Correia de Almeida deixa de abastecer o Seasa de Barbacena ou de ser enviado para Belo Horizonte, para ser escoado para Juiz de Fora.
“Nós vamos ter que fazer investimentos na região para criar alternativas para a comunidade se deslocar, porque hoje está impossível se deslocar. Nós temos esse mesmo caso de uma pessoa para comprar um remédio de R$ 10, 15, ter que pagar o pedágio duas vezes, tem a tarifa progressiva, mas é depois de 30 passagens mesmo assim, não chega ao valor do R$6,30 que era… Eu sei que é casuísmo que a gente está trazendo aqui, mas nós estamos discutindo o Brasil como um todo. Assim como a gente sofre, tem muitas outras cidades sofrendo também.”, concluiu Du.
Imagem: Câmara dos Deputados
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