Com a chegada do período de ventos mais fortes e pouca chuva, crianças e jovens aproveitam para soltar pipas, uma brincadeira tradicional e divertida, muito comum em Minas Gerais. No entanto, essa prática pode causar prejuízos e até acidentes graves quando realizada próximo à rede elétrica.
Somente no ano passado, 765 mil clientes da Cemig foram prejudicados por essa prática, em 2.664 ocorrências envolvendo a rede elétrica. Na Região da Zona da Mata Mineira, 64 mil unidades consumidoras foram afetadas em 369 incidentes.
Nos primeiros cinco meses de 2025, a Cemig registrou 853 ocorrências envolvendo pipas em Minas Gerais, impactando 248 mil clientes. Na Zona da Mata, foram 109 ocorrências, deixando mais de 42 mil unidades consumidoras sem energia.
A Cemig orienta que a brincadeira de soltar pipas nunca deve ser realizada em áreas urbanas. De acordo com o especialista, a soltura deve ocorrer em áreas abertas e distantes da rede de distribuição da companhia, e que nunca se deve tentar resgatar pipas presas na rede elétrica, pois o risco de acidentes é muito grande.
A Lei 23.515/2019 proíbe a utilização de cerol ou linha chilena no estado. Essa legislação, que veda a comercialização e o uso de linha cortante em pipas, papagaios e similares, está em vigor desde dezembro de 2019.
A multa para quem for flagrado vendendo linhas cortantes varia de R$ 5.531 a R$ 276 mil (em casos de reincidência). Quando a linha cortante apreendida estiver em poder de criança ou adolescente, os pais ou responsáveis legais serão notificados da autuação, e o caso será comunicado ao Conselho Tutelar.