O médico Itamar Tadeu Gonçalves Cardoso, responsável pelo atestado de óbito da barbacenense Lorenza Maria de Pinho, que foi morta pelo marido, o então promotor André de Pinho, em 2021, foi absolvido em segunda instância pela Justiça Mineira nesta terça-feira (5).
O médico foi absolvido por unanimidade em decisão colegiada e o veredito concordou com a tese da defesa de que o profissional, acionado para prestar socorro à vítima, não tinha qualquer interesse que não fosse o de atender ao chamado.
O julgamento da apelação confirmou a decisão de primeira instância e negou a acusação de que o médico teria mentido no atestado de óbito. Durante a investigação do assassinato de Lorenza, houve divergências nas informações sobre o horário da morte da vítima, o que levantou suspeitas sobre o registro de autointoxicação, as quais foram posteriormente ignoradas.
Lorenza de Pinho morreu no dia 2 de abril de 2021, no apartamento da família, no bairro Buritis, na região Oeste de Belo Horizonte. O marido acionou a equipe de emergência de um hospital particular, que foi ao local e tentou ressuscitar a vítima, mas não obteve êxito. O atestado de óbito teve como registro morte por intoxicação, contudo, investigações levantaram a possibilidade de feminicídio.
Em março de 2023, André de Pinho foi condenado por matar dopada e asfixiada a esposa, Lorenza de Pinho. Pelo crime de feminicídio, ele recebeu pena de 22 anos de reclusão em regime fechado.
Imagem: Uarlen Valerio
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