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Barbacena na Revolução de 1932: cidade teve papel estratégico no conflito

Barbacena na Revolução de 1932: cidade teve papel estratégico no conflito

Embora tenha se concentrado em São Paulo, a Revolução Constitucionalista de 1932 teve reflexos importantes em Minas Gerais, especialmente em Barbacena. A cidade desempenhou papel estratégico ao mobilizar tropas e sediar, naquele ano, a criação do Nono Batalhão da Polícia Militar de Minas Gerais, por decreto do então governador Olegário Maciel.

A revolta foi uma resposta paulista à Revolução de 1930, que levou Getúlio Vargas ao poder e encerrou a República Velha. Com a perda de influência política, São Paulo exigia eleições e uma nova Constituição. A tensão aumentou após a morte de quatro estudantes — o caso MMDC —, o que deu força ao levante armado, iniciado em 9 de julho de 1932. A data passou a ser lembrada como o Dia da Revolução e do Soldado Constitucionalista, feriado em São Paulo e marco histórico nacional.

Barbacena já havia tido importância militar em 1930, ao sediar o Quartel-General da 4ª Região Militar Revolucionária. Em 1932, tropas mineiras partiram da cidade em direção ao Sul do estado, apoiando as forças federais contra os paulistas. A criação do Nono Batalhão da PMMG foi uma medida para reforçar a segurança interna em meio ao conflito.

Apesar da derrota militar, a revolução paulista levou à promulgação da Constituição de 1934 e fortaleceu a liderança de Vargas, que manteve-se no poder até 1945. Barbacena, por sua vez, entrou para a história como uma cidade-chave no apoio militar durante um dos períodos mais turbulentos da política nacional.

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